Equalis veterinaria

5 ERROS MAIS COMUNS NO ECG

Autor: André Rodovalho

1. Não observar a identificação do paciente:
O traçado eletrocardiográfico deve vir identificado com os dados pessoais do
Paciente, bem como a data e horário de realização do exame. A não observância
desse detalhe pode levar a erros de diagnóstico quando estivermos avaliando
momentos diferentes de um paciente, no caso de exames seriados; ou mesmo
na presença de pacientes homônimos.

2. Esquecer de verificar a padronização do traçado
Por convenção o traçado eletrocardiográfico, em Cães e Gatos, deve ser
captado na velocidade de 50mm/s e sensibilidade de 10mm/mV (N), mas, a
captação do traçado pode ser realizada em outros parâmetros. O cálculo da
frequência cardíaca, bem como a duração e amplitude das ondas, segmentos e
intervalos deve ser feita levando em consideração o padrão utilizado na
realização do exame, bastando apenas atentar à padronização adotada antes
de realizar as medidas.

3. Não saber calcular o Eixo Elétrico Médio da Onda P e do Complexo QRS
É de vital importância realizar o cálculo do Eixo Elétrico Médio para definição
da origem da despolarização, assim como a identificação de ectopias, distúrbios
de condução e até mesmo de artefatos, que podem mimetizar despolarizações
supraventriculares ou ventriculares. Saber identificar esse parâmetro, ao analisar
o traçado, leva a uma maior capacidade de discernimento na hora de fazer a
análise geral do traçado eletrocardiográfico.

4. Achar que Onda P é igual a Ritmo Sinusal
A Onda P representa a fase de despolarização atrial e a sua identificação faz
parte da análise inicial de um traçado eletrocardiográfico. Mas para defini-la
como de origem sinusal será necessário avaliar a sua morfologia, regularidade,
origem e sua correlação com o complexo QRS subsequente. Em algumas
situações podemos observar a presença de dissociação atrioventricular, onde os
átrios e ventrículos despolarizam em ritmos diferentes, cada um possuindo o seu
marcapasso e não sendo observado correlação entre as Ondas P e os
Complexos QRS.

5. Não identificar a trocar de eletrodos na aquisição e captura do exame
Uma das formas mais comuns de, ERRONEAMENTE, identificar alterações
eletrocardiográficas é quando ocorre a troca de eletrodos na realização do
exame. Essa troca leva à alteração na padronização definida para as derivações
de membros, podendo mimetizar distúrbios de condução e sobrecarga de
câmaras. Os equipamentos atuais possuem o recurso de correção, mas, o
Médico Veterinário precisa identificar qual foi a inversão realizada para que o
equipamento possa realizar a sua correção. Das 24 formas de posicionamento
possíveis, dos eletrodos, apenas uma é a correta, sendo a inversão da Derivação
1 e 3 as mais comumente observadas.

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