Equalis veterinaria

CONTROLE DE PULGA EM CÃES

Autor: Jessica Carvalho

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As pulgas são artrópodes ectoparasitas que acometem aves e mamíferos, dentre eles os cães. Dependem dos hospedeiros para se protegerem e alimentarem, permanecendo nestes toda a vida ou em locais que lhes estejam próximos. Na fase de adulto, por serem hematófagos, tornam-se vetores de agentes etiológicos com importância em saúde pública. Para controle destes insetos, pode-se utilizar medicações orais e/ou tópicas, bem como realizar manejo ambiental.

Os ectoparasiticidas sistêmicos são alternativas medicamentosas orais, como, por exemplo, as isaxazolinas. Estes medicamentos agem sobre o inseto após o repasso sanguíneo, lembrando que elas não possuem ação de repelência. A toxicidade destes produtos é específica para os invertebrados, o que contribui para segurança no uso em mamíferos. Estas substâncias são absorvidas rapidamente pelos cães, tendo o seu pico de concentração atingido no primeiro dia após a administração. A eficácia destes medicamentos pode durar de 4 a 12 semanas a depender da molécula utilizada. Na literatura é possível encontrar dados informando que estas substâncias matam as pulgas antes da realização da ovoposição, resultando conjuntamente num controle ambiental destes parasitos.

Existem também as lactonas macrocíclicas que são absorvidas pelos parasitas hematófagos e atuam potencializando os canais de cloro. Ligam-se ao glutamato nos canais iônicos, proporcionando a hiperpolarização, resultando na paralisia flácida e morte do parasito, bem como agem sobre a neurotransmissão mediado por GABA.

            Além dos endoparasiticidas orais, pode-se utilizar os produtos tópicos com ação de repelência, alguns são comercializados na forma de coleiras ou spot on. Dentre os princípios ativos utilizados, tem-se a selamectina, imidacloprida, flumetrina, deltametrina e propoxur. No caso especificamente das coleiras, possuem um tempo de ação prolongado, variando em média de 4 a 8 meses, dependendo, assim como as demais medicações, do princípio utilizado. A liberação do produto é lenta, observando-se uma progressiva diminuição das infestações. Estas substâncias atuam no sistema nervoso dos artrópodes e são incorporadas na matriz do polímero, sendo liberadas para superfície da coleira e, posteriormente, para o animal. Em seguida, espalham-se do local de colocação da coleira para toda a superfície de pele e pelos do animal, não sendo absorvidas pelo organismo e matando os parasitas por contato.

            Apesar de tamanha eficácia destes produtos, as formas imaturas encontradas no ambiente permanecem se desenvolvendo, levando a eventuais reinfestações em curto período de tempo. Desta forma, deve-se associar com medidas de controle ambiental.  Dentre as medidas de manejo do ambiente, tem-se a utilização do aspirador de pó objetivando a redução do número de ovos, larvas, pupas e pulgas adultas presentes no ambiente. Após realizar este procedimento, lembrar de amarrar bem o saco de poeira e descartar. Passar o aspirador principalmente nos locais onde os cães dormem. Esta técnica é de grande importância para eliminação de ovos e pupas que são praticamente impermeáveis.

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