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Classificação da Doença Degenerativa Valvar Mitral (DDVM)

Classificação da Doença Degenerativa Valvar Mitral (DDVM)

As cardiopatias representam aproximadamente 10% de toda rotina clínica de um estabelecimento Veterinário, sendo as valvopatias responsáveis por quase ¾ desses atendimentos.

A Doença Degenerativa Valvar Mitral acomete principalmente cães de pequeno porte; iniciando suas alterações morfológicas a partir dos 8 anos de idade e as primeiras manifestações clínicas ocorrem a partir dos 10 anos de idade.

A presença de sopro, à ausculta, é a principal alteração observada e representa o fluxo turbulento provocado pela regurgitação valvar mitral. Através da intensidade do sopro também é possível estimar a severidade do aumento atrial esquerdo. A partir dessas alterações é que são solicitados os exames complementares, sendo o ecocardiograma o principal exame diagnóstico dessa doença.

A classificação da DDVM foi proposta pelo Colégio Americano de Medicina Interna Veterinária (ACVIM) e se passei nas alterações morfológicas observadas, ao contrário de outras classificações que se baseiam nas manifestações clínicas da doença.

Estágio A

  • Animais de raças predispostas (cavalier king charles spaniel, poodle, Shih tzu, dachshund e etc), mas que não apresentam a doença.
  • Não deve ser introduzido nenhum tratamento.
  • Reavaliações anuais são recomendadas.

 

Estágio B1

  • Animais que já apresentam sopro mas não apresentam remodelamento cardíaco aos exames complementares, principalmente o ecocardiograma.
  • Não deve ser introduzido nenhum tratamento.
  • Reavaliações semestrais são recomendadas.

 

Estágio B2

  • Animais que já apresentam sopro e remodelamento cardíaco aos exames complementares, principalmente o ecocardiograma.
  • O tratamento é realizado através de vasodilatadores e/ou inodilatadores.
  • Uso de inibidores de aldosterona também podem ser recomendados.
  • Reavaliações semestrais são recomendadas.

 

Estágio C

  • Animais com degeneração instalada e que não conseguem manter o seu débito cardíaco e esvaziamento das câmaras anteriores.
  • Tratamento deve ser realizado adicionando-se diuréticos ao protocolo anterior, bem como antiarrítmicos, caso necessário.
  • Reavaliações semestrais são recomendadas.

 

Estágio D

  • Animais com degeneração instalada, que não conseguem manter o seu débito cardíaco e esvaziamento das câmaras anteriores e são refratários ao tratamento instituído anteriormente.
  • Tratamento deve ser realizado adicionando-se mais de um vasodilatador, diuréticos, antitussígenos, antiarrítmicos e dieta.
  • Reavaliações trimestrais são recomendadas.