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Classificação das Cordas Tendíneas

Classificação das Cordas Tendíneas

As cordas tendíneas, ou tendinosas, são tendões que unem as cúspides das valvas atrioventriculares aos músculos papilares nos ventrículos do coração. O que impede que as valvas se invertam durante a contração ventricular. Mas, antes de falarmos das cordoalhas propriamente ditas, temos que relembrar um pouco de como a valva mitral é anatomicamente organizada.

O anel valvar, ou ânulo valvar, constitui uma estrutura fibromuscular através da qual os folhetos se fixam. O ânulo valvar mitral pode ser dividido em anterior e posterior, baseado na inserção do folheto correspondente.

Já os folhetos valvares (anterior e posterior) possuem, uma zona de superfície lisa (smooth zone) e outra zona de superfície dita rugosa (rough zone), onde se conectam aos músculos papilares através das cordoalhas tendíneas.

Como de conhecimento, os folhetos valvares são subdivididos em scallops (tema abordado em outra publicação aqui nesse Blog) de acordo com a segmentação proposta por Carpentier.

As cordas tendíneas são responsáveis pela determinação da posição e a tensão de ambos os folhetos durante o final da sístole ventricular. São extensões fibrosas que se originam dos músculos papilares, mas também, de forma menos frequente, podem ter origem na parede inferolateral do ventrículo.

A classificação se baseia de acordo com o local de inserção na face ventricular dos folhetos valvares. As cordoalhas ditas “primárias” (ou de primeira ordem) se inserem na margem livre dos folhetos e ajudam a prevenir o prolapso valvar.

As cordoalhas “secundárias” (intermediárias ou de segunda ordem) se inserem na superfície ventricular esquerda dos folhetos, prevenindo que os folhetos “ondulem” durante a redução da tensão de acordo com o momento do ciclo cardíaco.

As cordoalhas “terciárias” (ou basais) são aquelas que se inserem na base dos folhetos ou no anel valvar propriamente dito. Alguns autores consideram como terciárias aquelas cordoalhas que se originam da parede ventricular (e não dos músculos papilares). Sua função específica ainda é incerta.

Apesar de haver diversas classificações, a importância prática desta divisão é que, em uma eventual lesão de cordoalha tendínea, a ruptura das cordoalhas primárias pode levar a eversão (flail) do folheto valvar (vídeo). Já na lesão de cordoalhas secundárias, o flail comumente não ocorre.