Janela paraesternal esquerda apical – corte longitudinal
Janela paraesternal esquerda apical – corte longitudinal
Para visibilizar a janela paraesternal esquerda apical direciona-se o feixe de ultrassom dorsalmente e cranialmente ao longo do comprimento do coração com o transdutor próximo ao esterno. Os principais cortes apresentados na janela paraesternal esquerda apical em corte longitudinal são quatro câmaras e cinco câmaras. Nestes cortes é possível a visualização de ambos os átrios e ventrículos, válvula tricúspide e mitral, septo interventricular e parede livre do ventrículo esquerdo, com a diferença que no corte das cinco câmaras visibiliza-se a aorta e a válvula aórtica. Para visibilizar a janela paraesternal esquerda apical direciona-se o feixe de ultrassom dorsalmente e cranialmente ao longo do comprimento do coração com o transdutor próximo ao esterno. Os principais cortes apresentados nesta janela são quatro câmaras e cinco câmaras. Nestes cortes é possível a visualização de ambos os átrios e ventrículos, válvula tricúspide e mitral, septo interventricular e parede livre do ventrículo esquerdo, com a diferença que no corte das cinco câmaras visibiliza-se a aorta e a válvula aórtica.
No corte quatro câmaras avalia-se subjetivamente o tamanho de câmaras cardíacas em modo-B. O Doppler colorido é posicionado na válvula mitral e tricúspide para avaliar a presença de refluxo ou fluxo turbulento. O Doppler espectral é posicionado logo após a saída da válvula mitral para avaliar a velocidade do fluxo sanguíneo. O resultado são duas ondas positivas, sendo a primeira onda (onda E), de maior amplitude, que indica o enchimento rápido do VE; e a segunda onda (onda A), de menor amplitude, corresponde à contração atrial esquerda. O valor normal para onda E tem de ser menor que 1 m/s e para onda A deve ser menor que 0,75 m/s. Calcula-se a razão da onda E com a onda A e o valor normal para esta razão deve estar no intervalo de 1,04 a 2,42. Em modo-M avalia-se o MAM e ESPAT, sendo a avaliação do MAM realizada na inserção da válvula mitral no SIV e o ESPAT na inserção da válvula tricúspide na parede livre do ventrículo direito.
No corte longitudinal cinco câmaras, posiciona-se o Doppler colorido na válvula aórtica para visibilizar a presença de refluxo ou fluxo turbulento. Para avaliação do Doppler espectral posiciona-se a amostra do logo após a saída da válvula aórtica para avaliar a velocidade do fluxo aórtico. A onda formada será uma onda negativa com aceleração rápida e desaceleração mais lenta e seu valor não deve ultrapassar 2,5 m/s. Ao se posicionar a amostra do Doppler pulsado entre o fluxo aórtico e o fluxo mitral é possível obter o valor do tempo de relaxamento isovolumétrico (TRIV). Haverá visibilização de duas ondas positivas (ondas E e A) e uma onda negativa (fluxo aórtico), porém todas com valores subestimados devido à localização da amostra. A medida da TRIV é temporal, sendo realizada a partir do final da onda do fluxo aórtico até o início da onda E e seu valor normal varia de 38 a 54 ms.
Janela paraesternal esquerda apical – corte longitudinal
Movimentando o transdutor para uma posição cranial ao coração, entre o 4º ou 5º espaço intercostal, e com os feixes de ultrassom direcionados dorso-caudalmente, paralelos ao eixo maior do coração, visibiliza-se a janela paraesternal cranial esquerda em corte longitudinal, onde se obtém as imagens de via de saída do VE, átrio e aurícula direita e via de saída do VD.
A imagem de saída do VE é muito semelhante com a imagem formada em janela paraesternal direita, porém com as seguintes diferenças: não visibilização da válvula tricúspide ou do átrio direito e a visibilização da artéria pulmonar acima da aorta ascendente. Na imagem denominada átrio e aurícula direita é possível visibilizar átrio direito, válvula tricúspide e aurícula direita e os dois ventrículos. Partindo da imagem da via de saída do VE e posicionando o transdutor paralelamente à mesa de exame, visibiliza-se a via de saída do VD onde se observa a artéria pulmonar, válvula pulmonar, ventrículo e átrio esquerdo.
A avaliação realizada na janela paraesternal esquerda cranial em corte longitudinal limita-se à avaliação subjetiva e utilização do Doppler colorido e pulsado no corte com átrio e VD assim como na imagem da via de saída do VE, avaliando-se a presença ou ausência de refluxo.