Equalis veterinaria

Exame Parasitológico de fezes na rotina clínica de pequenos animais

Autor: Jessica Carvalho

[vc_row][vc_column][vc_column_text]

O exame parasitológico de fezes (EPF) tem por objetivo a identificação de ovos e larvas de helmintos; oocistos, cistos e trofozoítos de protozoários. Ele é de grande importância na clínica médica de pequenos animais, uma vez que as doenças parasitárias gastrointestinais ocupam uma casuística representativa na rotina.

Segundo o Conselho Tropical para Parasitos de Animais de Companhia, os animais devem ser testados pelo menos a cada 3 meses quanto a presença de parasitos gastrointestinais para um correto monitoramento.

O diagnóstico de infecções parasitárias gastrointestinais pode ser complicado pela ausência de/ou eliminação intermitente de oocistos, ovos e/ou larvas nas fezes, mesmo em casos sintomáticos. Sendo assim, testar 3 amostras ou mais em dias alternados, pode aumentar a probabilidade de encontrar formas parasitárias diagnosticadas nas fezes.

O EPF é um exame barato e prático, entretanto a escolha do método e a habilidade do profissional responsável interferem diretamente na qualidade do resultado. Dentre os diversos parasitos gastrointestinais diagnosticados, Ancylostoma spp. destaca-se pela maior ocorrência no Brasil, bem como por ser uma zoonose, causadora da Larva migrans cutânea nos humanos. Além deste, outros parasitos são rotineiramente diagnosticados, como, por exemplo: Toxocara spp., Trichuris vulpis, Strongyloides stercoralis, Dipylidium caninum, Spirocerca lupi, Giardia duodenalis, Cryptosporidium spp., Cystoisospora spp., dentre outros.

As técnicas utilizadas no EPF dependem principalmente da suspeita clínica. O teste de flutuação fecal padrão ou modificada utilizando uma solução com gravidade específica (GE) de entre (1,18-1,20) é recomendada para o diagnóstico da maioria dos parasitos gastrointestinais de cães. Contudo, existem outras técnicas, como, por exemplo: Centrífugo Flutuação Fecal, Técnica de Baermann, Método de Hoffman e Método de Ritchie.

Desta forma, nota-se a importância da solicitação do EPF como ferramenta de diagnóstico na rotina clínica de pequenos animais. Além disto, ressalta-se que a simples presença de um parasita em seu hospedeiro não deve ser considerada evidência clara de que ele é o agente etiológico de uma doença que possa eventualmente existir. Logo, o paciente deve ser avaliado em sua totalidade, com analise conjunta de anamnese, exame físico e complementares.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Compartilhe com um amigo

Telegram
WhatsApp
LinkedIn