Na rotina clínica de pequenos animais, corriqueiramente nos deparamos com diversas situações que exigem cada vez mais do nosso conhecimento para a verdadeira “arte” de diagnosticar. Neste cenário, estabelecer um diagnóstico para um paciente, torna-se cada vez mais desafiador.
Sendo assim, entender a enfermidade conduz o Médico Veterinário para uma melhor conduta, desde o diagnóstico até a terapêutica. Logo, quando solicitar um exame? qual exame solicitar? em que período solicitar? Estes e diversos outros questionamentos, respondidos de forma adequada, formam um pilar de base sólida na condução de um paciente.
Primariamente, qual impacto de entender a fase de uma doença? Vamos tomar como exemplo as doenças infecciosas, uma casuística representativa na rotina clínica veterinária. Após a infecção de um organismo, o corpo identifica o antígeno e, a partir disto, gera uma resposta frente a esta ação. Desta forma, existe um intervalo de tempo para que esta resposta imunológica ocorra e que possamos identificar anticorpos circulantes. Partindo deste princípio, e considerando as formas mais clássicas de patogenia, a tendência é que tenhamos uma curva inversa de antígeno e anticorpo, com redução e aumento, respectivamente.
Frente a este entendimento, subentende-se que o momento de solicitar exames que detectem antígenos e anticorpos são divergentes, não em sua totalidade, mas em sua maioria, e o resultado de ambos os exames trazem informações diferentes a respeito do quadro clínico e são estas informações que nos guiam na condução do paciente.
Por fim, mergulhamos num mundo do diagnóstico de forma mais meticulosa, entendendo que não basta solicitar um exame, é necessário saber em que momento eles podem ser utilizados para nos orientar, uma vez que um resultado, não é apenas um resultado, é uma ferramenta que se usada de forma correta, é de grande valia na condução de um paciente.