A linxacaríase é uma infestação causada por um ácaro denominado Lynxacarus radovskyi (Figura 1). É um ácaro parasito dos pelos de felinos domésticos e que, na grande maioria das vezes, causa infestação assintomática nos hospedeiros.
Figura 1. Lynxacarus radovskyi.
Todo o ciclo biológico é realizado sobre o hospedeiro vertebrado.
Sua transmissão se dá pelo contato direto ou indireto com gatos infestados.
Um trabalho de Romeiro et al. (2007) demonstrou uma frequência de 75,8% de gatos positivos com os sem sinais clínicos na região Metropolitana do Recife.
A maioria dos gatos infestados não demonstra sinais clínicos. Porém, alguns pacientes podem apresentar prurido, excesso de lambedura, arrancamento dos pelos (Figura 2) ou lesões do complexo granuloma eosinofílico.
Figura 2. Felino, adulto com diagnóstico de linxacaríase apresentando alopecia por arrancamento induzida pelo prurido na região lateral do tronco, coxas e cauda.
O diagnóstico é realizado através da observação dos ácaros nos pelos durante o exame físico ou através do exame parasitológico dos pelos ao microscópio.
O tratamento visa a eliminação dos ácaros e precisa ser realizado no paciente acometido e em todos os contactantes felinos. Produtos tópicos à base de moxidectina, selamectina ou fluralaner transdermal estão indicados.
Está indicado o uso de aspiradores de pó na higiene da casa ou gatil para eliminação do excesso de pelos dispersos no ambiente.
Vale salientar que gatos semi-domiciliados estão expostos à reinfestação.