[vc_row][vc_column][vc_column_text]Introdução
A malasseziose é uma micose superficial causada pela proliferação de leveduras, cuja espécie principal é Malassezia pachydermatis. Representa quase 50% das doenças fúngicas que acometem os cães e é rara em gatos.
Fungos do gênero Malassezia sp. habitam naturalmente regiões de interdígitos, axilas, dobras cutâneas e condutos auditivos e doenças como a dermatite alérgica, endocrinopatias e distúrbios de queratinização em cães podem favorecer a colonização do tegumento e o surgimento dos sinais clínicos. É um fungo lipofílico, mas não é lipodependente. Nos felinos, a malasseziose é rara e geralmente é atribuída a complicações da dermatite facial, principalmente no gato Persa ou resultante de síndrome paraneoplásica.
Sinais clínicos
Tanto a pele como a orelha externa pode ser acometida pela doença. O prurido é um sinal clínico presente na maioria dos casos. A maioria dos cães apresentam alopecia, eritema, descamação, liquenificação, acompanhada ou não de hiperpigmentação, aumento da untuosidade e odor rançoso. A otite por Malassezia sp. pode provocar otorreia, meneios cefálicos, descamação e eritema de face interna de pavilhões auriculares e bastante prurido. Nos felinos, a alopecia, eritema e aumento da oleosidade do pelame podem estar presentes.
Diagnóstico
O exame citológico das lesões é fundamental para identificação das leveduras (Figura 1). Por outro lado, a cultura fúngica também pode ser utilizada como método de diagnóstico.
Tratamento
Sendo um fungo oportunista, é imprescindível identificar e tratar a doença primária. O tratamento tópico pode ser eficaz através do uso de xampus a base de cetoconazol 2%, miconazol 2% ou clorexidine 3 a 4% com intervalo de 2 a 4 dias. Xampus contendo sulfeto de selênio 2,5% demonstram-se eficazes nos casos onde há seborreia oleosa associada e são indicados apenas para os cães.
Nos casos onde a terapia tópica não funciona isoladamente, pode-se utilizar itraconazol na dose de 5 a 10mg/Kg a cada 24h até o exame citológico demonstrar-se negativo.
[/vc_column_text][vc_single_image image=”30858″ img_size=”772×500″][vc_column_text]Figura 1. Fotomicrografia de citologia cutânea demonstrando inúmeras leveduras de Malassezia sp. de cão com dermatite atópica associada à malasseziose. Aumento 100X[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]