A nefrectomia geralmente é indicada para o tratamento de neoplasmas renais, hemorragia sem possibilidade de controle, hidronefrose, além de alterações ureterais sem possibilidade de tratamento alternativo. Antes da realização da nefrectomia, a função do rim contralateral deve ser avaliada a fim de verificar o prognóstico do paciente.
O acesso para a nefrectomia é realizado pela linha alba, na região pré-retro-umbilical. Ao localizar o rim afetado, realizar o pinçamento e incisão do peritônio que envolve o rim, além de fazer uma combinação de dissecção romba e cortante para liberar o rim das inserções sublombares e consequentemente ter sua mobilidade.
Em seguida, é feita a retração medial para localizar a artéria e a veia renais na superfície dorsal do hilo renal (Figura 1.). Após identificação de todos os ramos da artéria renal, é realizada uma dupla ligadura da artéria renal com fio absorvível monofilamentar (polidioxanona ou poliglecaprone 25) próximo à aorta abdominal para garantir que todos os ramos tenham sido ligados. Considere a colocação de uma sutura transfixante se a artéria apresentar mais de 3 a 4 mm de diâmetro. Em relação a veia renal, pode ser ligada de forma semelhante.
As veias ovariana e testicular esquerdas drenam para a veia renal e não devem ser ligadas em animais que não são castrados. É recomendável evitar a ligação da artéria e a veia renais juntas para prevenir a formação de uma fístula arteriovenosa. O ureter deve ser ligado próximo à bexiga. Por fim, realiza-se a remoção do rim e do ureter e, após obter amostras para cultura microbiológica, enviar o rim retirado para exame histológico.