[vc_row][vc_column][vc_column_text]Toxoplasmose é uma infeção parasitária negligenciada, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, um coccídeo intracelular obrigatório. É uma zoonose cosmopolita caracterizada como uma doença parasitária de mamíferos, aves e répteis que afeta principalmente o sistema nervoso central, músculos esqueléticos e órgãos viscerais, manifestando-se de forma aguda ou crônica.
Este parasito apresenta um ciclo biológico complexo com dois hospedeiros. Os definitivos ou completos são os membros da família Felidae, incluindo o gato doméstico. Os animais de sangue quente são os hospedeiros intermediários ou incompletos. Historicamente, T. gondii foi considerado como um parasita de gatos com um ciclo fecal-oral, porém com a domesticação, a transmissão foi adaptada, incluindo também a transmissão por carnivorismo e a transplacentária.
Toxoplasma gondii é o parasita mais frequentemente diagnosticado em todo o mundo. Entretanto, a frequência da infecção é extremamente variável, sendo esta atribuída a diversos fatores como padrões culturais, hábitos alimentares, idade, procedência rural ou urbana, entre outros.
A transmissão de T. gondii ocorre após o consumo de carne crua ou mal cozida contendo cistos do parasito ou pela ingestão de água e alimentos contaminados com oocistos esporulados. Cuidados dietético-higiênicos, tais como não comer carne crua ou malpassada e ovos crus, lavar bem a tábua de carne, vegetais e as mãos e cuidar adequadamente do ambiente no qual vive o gato são importantes para prevenção da infecção. Além disso, surtos de toxoplasmose e inquéritos sorológicos têm demonstrado a importância da água não tratada/filtrada/fervida como potencial veículo de transmissão. Ainda, diferenças sazonais climáticas também são consideradas importantes fatores de risco para sua transmissão.
A toxoplasmose clinica é reconhecida mais frequentemente nos gatos do que nos cães, mas o espectro de sinais é semelhante em ambas as espécies. São comuns sinais inespecíficos de anorexia, depressão, febre intermitente, outros sinais são denominados pelo local da lesão a partir da disseminação extraintestinal, sendo que os órgãos mais afetados são os pulmões, os olhos, o cérebro, o fígado e a musculatura esquelética.
O diagnóstico da toxoplasmose deve ser baseado em uma combinação de sinais clínicos, teste sorológico, demonstração histopatológica do parasito nos tecidos, prova biológica e exame de fezes.
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